terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um pouco da Mitologia Grega


 O HERMES DA MITOLOGIA GREGA    

Escrito por José Laércio do Egito  
Ter, 23 de Junho de 2009 15:58


O Hermes da Mitologia Grega " Basta apenas mudares teu olhar
e encontrarás um mundo sempre novo ".
Walter da Rosa Borges


Nesta palestra, no que diz respeito a Hermes, em parte vamos transcrever um estudo sobre Mitologia Grega feito pelo Dr. Carlos Lima Melo eminente homeopata brasileiro. Nosso propósito é mostrar que Hermes - grego - de forma alguma corresponde ao Thoth do Antigo Egito, que muitos acreditam tratarem-se de uma mesma pessoa.

Como já dissemos em outras palestras quando os gregos chegaram ao Egito tomaram conhecimento da existência de um ser excepcional, considerado um deus, aquele que mais trouxe conhecimentos para aquele antigo povo e responsável por quase todos os conhecimentos que se fizeram presentes naquela antiga civilização. Os gregos associaram certos poderes de Thot a poderes que na Grécia eram imputados a Hermes, e assim acabaram considerando as duas personagens como sendo a mesma. Na verdade tratam-se de seres totalmente diferentes. De inicio pode-se por em jogo a existência de Hermes, desde que este faz parte da mitologia, e como tal pode não ser mais que um simples mito. Enquanto isto Thot realmente viveu no Egito, e antes viveu na Atlântida com o nome de Ken ou Kan onde era considerado um Mestre. Ante já havia sido mestre na Lemúria o que lhe confere o títulos de trismegisto - três vezes mestre [1].



Com grande freqüência na literatura mística e esotérica vemos mencionado o nome de Hermes Trismegisto, considerado aquele que trouxe ao conhecimento da humanidade um certo número de princípios que regem a natureza íntima do mundo imanente.

Integrante do Olimpo, Hermes era filho de Zeus e Maia. Diz o mito que ele nasceu numa caverna e que bem cedo se revelou de uma precocidade extraordinária. No dia do seu nascimento Maia o deixou sozinho enrolado nos cueiros e ante a admiração de todos Hermes pulou do berço, passou por dentro do buraco da fechadura, e foi em busca de suas aventuras.

Dentre as aventuras de Hermes a mais citada é uma referente ao roubo de parte do rebanho de Apolo praticado pela criança. Após roubar o gado, Hermes usou da astúcia de amarrar ramos folhudos na cauda dos animais para que se apagassem os seus rastros e assim não fosse descoberto o paradeiro deles. Em seguida ele sacrificou dois em oferendas aos doze deuses do Olimpo. O restante do gado ele escondeu numa caverna. Esta trapaça foi vista por Batos, do qual Hermes tentou comprar o silêncio.

Quando Apolo se deu conta da falta do seu gado, foi a procura do mesmo por todos os lados, sem descobrir nada. Já sem esperanças ofereceu uma recompensa para quem descobrisse o ladrão. Um grupo de sátiros passando pela Arcádia ouviu o mugido dos bois e uma música agradável que saía de uma caverna. Foi então que a ninfa Cilene lhes disse que ali estava a criança mais inteligente que já havia nascido e que ela o estava amamentando.

A música ouvida era tocada por Hermes que usara o casco de uma tartaruga e tripas de vaca fabricando um instrumento musical, com o qual fez dormir sua própria mãe. Onde conseguiu essas tripas de vaca, perguntaram os sátiros? Eles logo perceberam o que havia acontecido em decorrência do amontoado de peles de gado diante da entrada da caverna. Foi um roubo, disseram os sátiros, mas como uma criança tão pequena pode roubar?

Assim Apolo tomou conhecimento de que o seu gado havia sido roubado pela criança e por isto a levou para o Olimpo com o produto do roubo. Zeus relutou em acreditar que o seu filho tão pequeno fosse o ladrão e não queria admitir a falta, mas Hermes confessa o roubo e diz: Pois bem, leve os seus bois, só me utilizei de dois para sacrificar aos doze deuses. Como doze, retrucou Apolo? Até aquele momento Apolo não sabia que tinha um irmão. Quem será o décimo segundo? Sou eu, disse Hermes, e como estava com fome comi a parte que me correspondia e queimei o restante.

Regressaram os dois deuses e Hermes deu as boas vindas a sua mãe e lhe entregou algo que guardava enrolado numa pele. Que escondes aí, perguntou Apolo? Veja o que é, e retirou a lira que inventara, e começou a tocar uma doce melodia. Com seu canto Hermes agradou a Apolo além de enche-lo de elogios, o deus ficou comovido e perdoou a ofensa do irmão.

Hermes tocou seu instrumento e cantou tão docemente que Apolo ficou extasiado. Ah, patife, disse Apolo, me dê a lira e em troca te dou os bois. A seguir Hermes cortou um bambu e fez uma flauta. Apolo ficou extasiado com o tom e a melodia e voltou a dizer: malvado, te darei o meu cajado de ouro, com o qual governo os meus bois e desde já te permito ser o guardião de todos os rebanhos. Isto não, respondeu Hermes, minha flauta vale muito mais do que o teu cajado. Faremos um trato, te dou a flauta e me ensinas a fazer adivinhações. - Eu não posso te conceder esta arte, mas tu podes ir até a presença das minhas amas no Parnaso e elas te ensinarão a adivinhar através dos seixos. Ficaram de acordo e foram novamente ao Olimpo, expuseram tudo a Zeus e o deus disse a Hermes que dali por diante ele deveria respeitar a propriedade alheia e não deveria mais mentir.

Diante da astúcia e frivolidade do novo vassalo e lhe ofereceu uma nova função no Olimpo. Faça de mim um mensageiro divino e prometo não tocar no alheio e não mentir. Deves, porém, dar-me o exemplo fazendo mais. É pedir muito, disse Zeus, porém eu te darei tudo; serás o mensageiro dos deuses, presidirás os tratados tanto públicos quanto privados, fomentarás o comércio, protegerás as estradas contra os ladrões e serás o amparo dos viajantes do mundo todo. Como símbolo destas funções lhe deu um bastão com fitas para que todos o respeitassem, um chapéu de abas largas para defender-se da chuva e uma sandália com asas para voar mais que o vento.

Foi assim que Hermes ingressou na família divina e os deuses o ensinaram o modo de obter o fogo atritando a madeira. Inventou o pugilato, os jogos esportivos e ajudou a Zeus no combate aos gigantes. Sua personalidade passou a tutelar a eloqüência, necessária na arte de comercializar. A desenvoltura com que realizava suas atividades o fez modelo ideal da juventude.

Como Thoth praticara no Egito todas as artes, os gregos acreditaram que Thot e Hermes era uma mesma pessoa, nas na verdade nada tem a ver um com o outro. O mesmo aconteceu com relação aos romanos que associaram Hermes a deus Mercúrio.

É justamente representado como um jovem nu ou vestido com uma túnica curta, calça sandálias aladas e segura uma bolsa, símbolo dos lucros.

Este é o mito de Hermes da Mitologia Grega, repleto de vacilos, pelo que difere totalmente da história de Thoth que tinha apenas qualidade positivas, atitudes de um verdadeiro Grande Mestre.



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Notas:

[1] - Existem outras interpretações para este título porém consideramos este como sendo o mais exato.

Fonte: http://www.laerciodoegito.com.br/

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