terça-feira, 27 de agosto de 2013

Sobre a Modernidade e a Pós-Modernidade..


“A modernidade é o estilo de uma época produzido pela decomposição da razão substitutiva, típica das concepções religiosas e metafísicas do mundo, por uma razão instrumental, positiva, significando que as concepções e dogmas religiosos não são mais legítimos como fundamento explicativo da vida social.”

Para Habermas o que caracteriza a modernidade é a independência e a autonomia especifica próprias às esferas da ciência, da moral, da religião e da arte. Estas esferas passam a ser institucionalizadas, traduzidas por um discurso de segunda ordem que as individualizam e as decompõem.

No plano econômico e politico, como mostra Rouanet, a sociedade moderna é, verdadeiramente, a sociedade industrial; de produção de bens e serviços massivos, da utilização intensiva da energia, do trabalho qualificado dos especialistas e da hierarquização  socioeconômica dos donos do capital.

Em Max Weber, podemos ver que a racionalidade tem um papel fundamental, em comparação a Marx. Segundo Weber, a "ação racional" legitima o legal; os meios para se chegar aos fins se justificam. Então, a burocratização se faz mais presente e "se efetiva"; o mundo não é mais algo encantado, há uma separação do afetivo, o que dá lugar ao "desencantamento do mundo". As coisas que antes eram "normais" passam a ter um papel secundário.

Outra característica em Weber é a "secularização do mundo e da vida"; as coisas que eram sagradas se tornam "profanas", portanto, não mais objeto de "veneração", mas objeto de estudo, distantes de uma relação "efetiva", porém com um outro grau de afetividade. A impessoalidade é marcante para Weber; o homem se distancia dele mesmo nas suas relações com o outro, dando à relação apenas um caráter de "distanciamento", fruto de uma racionalidade exacerbada.


Pós-modernidade é a expressão do sentimento de mudança cultural e social correspondente ao aparecimento de uma ordem econômica chamada de pós-industrialismo, nos anos 40-50 nos EUA, e em 1958 na França.


Pós-modernismo é o nome aplicado às mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades avançadas desde 1950, quando, por convenção, se encerra o modernismo (1900-1950). Ele nasce com a arquitetura e a computação nos anos 50. Toma corpo com a arte Pop nos anos 60. Cresce ao entrar pela filosofia, durante os anos 70, como crítica da cultura ocidental. E amadurece hoje, alastrando-se na moda, no cinema, na música e no cotidiano programado pela tecnociência (ciência + tecnologia invadindo o cotidiano com desde alimentos processados até microcomputadores), sem que ninguém saiba se é decadência ou renascimento cultural.

Para Daniel Bell, a pós-modernidade corresponde, exatamente, à fase pós-industrial da sociedade de consumo, onde a produção de bens e serviços (ligados a grandes consumos de energia) é modificada de acordo com as novas tecnologias (digitais) da informação.

A terceira fase do capital, é aquela do capitalismo multinacional, onde o planeta inteiro se torna um grande mercado: a globalização. A fase pós-industrial da sociedade não é uma ruptura com a dinâmica monopolista de capitalismo, mas uma radicalização do desenvolvimento de sua própria lógica. Jameson, por exemplo, considera que essa fase do desenvolvimento capitalista corresponde à cultura pós-moderna, visto estarmos diante de uma nova configuração do Estado e da economia, trazendo em seu bojo, uma nova forma de exercício da política.

Como observa Lyotard, o homem pós-moderno obedece às enunciações de várias ordens através de jogos de linguagem, escapando das formas totalitárias da razão instrumental moderna.




Novas Tecnologias: Alguns Conceitos...


 "Mass Media"


Os "Mass Media" são sistemas organizados de produção, difusão e recepção de informação. Estes sistemas são geridos, por empresas especializadas na comunicação de massas e exploradas nos regimes concorrenciais, monopolísticas ou mistos (públicas ou privadas).

Os vários meios de expressão social: a imprensa, a televisão, a rádio e o cinema, são orientados para um público que se pretende o mais abrangente possível, produzindo um produto específico de mensagens ideológicas, comerciais, recreativas, culturais etc.


Para alguns autores, os mass media representam uma época em que o fluxo de comunicação é unívoco (que só se pode interpretar de uma forma), pois o receptor das mensagens pertence a uma massa informe, sem capacidade de resposta sem condições de interagir. O emissor - os mass media - funciona como uma espécie de "todo-poderoso" da comunicação.


Ciberespaço

O surgimento da Internet como uma rede mundial de computadores, veio confirmar essas expectativas ao criar um novo espaço para a expressão, conhecimento e comunicação humana. Porém trata-se de um espaço que não existe fisicamente, mas virtualmente: o ciberespaço.


Pode-se afirmar que o ciberespaço diz respeito a uma forma de  virtualização informacional em rede. Por meio da tecnologia, os homens, mediados pelos computadores, passam a criar conexões e relacionamentos capazes de fundar um espaço de sociabilidade virtual.


O espaço cibernético intensificou transformações sociais nos mais diversos campos da atividade humana, é o que Manuel Castells chama de sociedade em rede. No campo da produção de mercadorias surgiram as empresas virtuais que têm a internet como base de atuação, mas também ocorreram importantes alterações socioculturais e políticas que atingiram as principais mídias em decorrência do aceleramento dos meios de comunicação e de informação. Com o ciberespaço constituiu-se um novo espaço de sociabilidade que é não presencial e que possui impactos importantes na produção de valor, nos conceitos éticos e morais e nas relações humanas.

Fonte: InfoEscola



Cibercultura


A cibercultura é a cultura tecnológica que envolve a sociedade, a interação entre seus agentes e o domínio de uma técnica. Hoje, as relações pela internet difundiram-se a ponto de se acreditar que a humanidade adquiriu uma nova forma de cultura: cibercultura.





Segundo Lévy, "cibercultura é o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamentos e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço". 



Segundo Lemos (2003, p. 12), "podemos entender a cibercultura como a forma sociocultural que emerge da relação simbiótica entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias de base microeletrônica que surgiram com a convergência das telecomunicações com a informática na década de 1970".







Tecnocultura


A tecnocultura se apresenta como uma forma híbrida, um cenário cultural no qual a tecnologia está tão inextricavelmente ligada à vida cotidiana que é dela inseparável. É preciso assinalar, porém, que toda cultura já é desde sempre tecnológica. Como diz Erik Davis, “a cultura é tecnocultura” (1998: 10). Podemos, contudo, admitir o uso do conceito para expressar a individualidade do momento histórico que agora se apresenta. Se a cultura sempre foi tecnológica, é apenas no contexto da “tecnocultura” que ela passa a se pensar explicitamente como tal e tomar como objeto de reflexão toda a extensão dos problemas implicados na conjunção homem-máquina. 



Fonte: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2003/www/pdf/2003_NP08_felinto.pdf

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um pouco da Mitologia Grega


 O HERMES DA MITOLOGIA GREGA    

Escrito por José Laércio do Egito  
Ter, 23 de Junho de 2009 15:58


O Hermes da Mitologia Grega " Basta apenas mudares teu olhar
e encontrarás um mundo sempre novo ".
Walter da Rosa Borges


Nesta palestra, no que diz respeito a Hermes, em parte vamos transcrever um estudo sobre Mitologia Grega feito pelo Dr. Carlos Lima Melo eminente homeopata brasileiro. Nosso propósito é mostrar que Hermes - grego - de forma alguma corresponde ao Thoth do Antigo Egito, que muitos acreditam tratarem-se de uma mesma pessoa.

Como já dissemos em outras palestras quando os gregos chegaram ao Egito tomaram conhecimento da existência de um ser excepcional, considerado um deus, aquele que mais trouxe conhecimentos para aquele antigo povo e responsável por quase todos os conhecimentos que se fizeram presentes naquela antiga civilização. Os gregos associaram certos poderes de Thot a poderes que na Grécia eram imputados a Hermes, e assim acabaram considerando as duas personagens como sendo a mesma. Na verdade tratam-se de seres totalmente diferentes. De inicio pode-se por em jogo a existência de Hermes, desde que este faz parte da mitologia, e como tal pode não ser mais que um simples mito. Enquanto isto Thot realmente viveu no Egito, e antes viveu na Atlântida com o nome de Ken ou Kan onde era considerado um Mestre. Ante já havia sido mestre na Lemúria o que lhe confere o títulos de trismegisto - três vezes mestre [1].



Com grande freqüência na literatura mística e esotérica vemos mencionado o nome de Hermes Trismegisto, considerado aquele que trouxe ao conhecimento da humanidade um certo número de princípios que regem a natureza íntima do mundo imanente.

Integrante do Olimpo, Hermes era filho de Zeus e Maia. Diz o mito que ele nasceu numa caverna e que bem cedo se revelou de uma precocidade extraordinária. No dia do seu nascimento Maia o deixou sozinho enrolado nos cueiros e ante a admiração de todos Hermes pulou do berço, passou por dentro do buraco da fechadura, e foi em busca de suas aventuras.

Dentre as aventuras de Hermes a mais citada é uma referente ao roubo de parte do rebanho de Apolo praticado pela criança. Após roubar o gado, Hermes usou da astúcia de amarrar ramos folhudos na cauda dos animais para que se apagassem os seus rastros e assim não fosse descoberto o paradeiro deles. Em seguida ele sacrificou dois em oferendas aos doze deuses do Olimpo. O restante do gado ele escondeu numa caverna. Esta trapaça foi vista por Batos, do qual Hermes tentou comprar o silêncio.

Quando Apolo se deu conta da falta do seu gado, foi a procura do mesmo por todos os lados, sem descobrir nada. Já sem esperanças ofereceu uma recompensa para quem descobrisse o ladrão. Um grupo de sátiros passando pela Arcádia ouviu o mugido dos bois e uma música agradável que saía de uma caverna. Foi então que a ninfa Cilene lhes disse que ali estava a criança mais inteligente que já havia nascido e que ela o estava amamentando.

A música ouvida era tocada por Hermes que usara o casco de uma tartaruga e tripas de vaca fabricando um instrumento musical, com o qual fez dormir sua própria mãe. Onde conseguiu essas tripas de vaca, perguntaram os sátiros? Eles logo perceberam o que havia acontecido em decorrência do amontoado de peles de gado diante da entrada da caverna. Foi um roubo, disseram os sátiros, mas como uma criança tão pequena pode roubar?

Assim Apolo tomou conhecimento de que o seu gado havia sido roubado pela criança e por isto a levou para o Olimpo com o produto do roubo. Zeus relutou em acreditar que o seu filho tão pequeno fosse o ladrão e não queria admitir a falta, mas Hermes confessa o roubo e diz: Pois bem, leve os seus bois, só me utilizei de dois para sacrificar aos doze deuses. Como doze, retrucou Apolo? Até aquele momento Apolo não sabia que tinha um irmão. Quem será o décimo segundo? Sou eu, disse Hermes, e como estava com fome comi a parte que me correspondia e queimei o restante.

Regressaram os dois deuses e Hermes deu as boas vindas a sua mãe e lhe entregou algo que guardava enrolado numa pele. Que escondes aí, perguntou Apolo? Veja o que é, e retirou a lira que inventara, e começou a tocar uma doce melodia. Com seu canto Hermes agradou a Apolo além de enche-lo de elogios, o deus ficou comovido e perdoou a ofensa do irmão.

Hermes tocou seu instrumento e cantou tão docemente que Apolo ficou extasiado. Ah, patife, disse Apolo, me dê a lira e em troca te dou os bois. A seguir Hermes cortou um bambu e fez uma flauta. Apolo ficou extasiado com o tom e a melodia e voltou a dizer: malvado, te darei o meu cajado de ouro, com o qual governo os meus bois e desde já te permito ser o guardião de todos os rebanhos. Isto não, respondeu Hermes, minha flauta vale muito mais do que o teu cajado. Faremos um trato, te dou a flauta e me ensinas a fazer adivinhações. - Eu não posso te conceder esta arte, mas tu podes ir até a presença das minhas amas no Parnaso e elas te ensinarão a adivinhar através dos seixos. Ficaram de acordo e foram novamente ao Olimpo, expuseram tudo a Zeus e o deus disse a Hermes que dali por diante ele deveria respeitar a propriedade alheia e não deveria mais mentir.

Diante da astúcia e frivolidade do novo vassalo e lhe ofereceu uma nova função no Olimpo. Faça de mim um mensageiro divino e prometo não tocar no alheio e não mentir. Deves, porém, dar-me o exemplo fazendo mais. É pedir muito, disse Zeus, porém eu te darei tudo; serás o mensageiro dos deuses, presidirás os tratados tanto públicos quanto privados, fomentarás o comércio, protegerás as estradas contra os ladrões e serás o amparo dos viajantes do mundo todo. Como símbolo destas funções lhe deu um bastão com fitas para que todos o respeitassem, um chapéu de abas largas para defender-se da chuva e uma sandália com asas para voar mais que o vento.

Foi assim que Hermes ingressou na família divina e os deuses o ensinaram o modo de obter o fogo atritando a madeira. Inventou o pugilato, os jogos esportivos e ajudou a Zeus no combate aos gigantes. Sua personalidade passou a tutelar a eloqüência, necessária na arte de comercializar. A desenvoltura com que realizava suas atividades o fez modelo ideal da juventude.

Como Thoth praticara no Egito todas as artes, os gregos acreditaram que Thot e Hermes era uma mesma pessoa, nas na verdade nada tem a ver um com o outro. O mesmo aconteceu com relação aos romanos que associaram Hermes a deus Mercúrio.

É justamente representado como um jovem nu ou vestido com uma túnica curta, calça sandálias aladas e segura uma bolsa, símbolo dos lucros.

Este é o mito de Hermes da Mitologia Grega, repleto de vacilos, pelo que difere totalmente da história de Thoth que tinha apenas qualidade positivas, atitudes de um verdadeiro Grande Mestre.



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Notas:

[1] - Existem outras interpretações para este título porém consideramos este como sendo o mais exato.

Fonte: http://www.laerciodoegito.com.br/

O que é Resenha:


Resenha é uma abordagem para a construção de relações entre as propriedades de um determinado objeto, analisando-o, descrevendo-o e enumerando aspectos considerados relevantes sobre ele. Resenha também é um texto que serve para apresentar outro, que seja desconhecido do leitor.

No jornalismo, resenha é utilizado como forma de prestação de serviço, é um texto de origem opinativa que reúne comentários de origem pessoal e julgamentos do resenhador sobre o que está sendo analisado. O objeto da resenha pode ser de qualquer natureza: um filme, livro, álbum, peça de teatro ou até mesmo um jogo de futebol, e pode ser uma resenha descritiva ou crítica. Para apresentar uma resenha é importante dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho, para dar ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente.


Existe também a resenha científica, trabalho acadêmico ou resenha acadêmica, que são resenhas elaboradas e ensinadas na universidade. Esse tipo de resenha apresenta uma síntese e uma crítica sobre um trabalho científico, e pode ser elaborada com base em leitura motivada por interesse próprio ou sob demanda.


Resenha de livros é uma forma de crítica literária, em que um livro é analisado com base no conteúdo, estilo e mérito. Muitas vezes, a resenha é realizada em periódicos, como escola, trabalho ou online, essa revisão contém avaliações do livro com base no gosto pessoal.